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Live CREA-RS: Desafios da Engenharia pelo Mundo Afora


Créditos: Arquivo CREA-RS

Desafios da Engenharia pelo Mundo Afora foi o tema de uma live, na noite desta quarta (30), reunindo duas engenheiras que fazem a diferença com suas atividades profissionais não só no Brasil, mas também em outros países.

Promovido pelo Comitê Gestor Mulher CREA-RS e mediado pela Eng. Agrônoma Elisabete Gabrielli, diretora administrativa e coordenadora do Comitê deste ano, o bate-papo desta vez trouxe a experiência da Eng. Civ. Lourdes Printes, diretora de Tecnologia da Indústria pela Câmara Brasil China de Indústria, Comércio, Serviço e Inovação (BraCham), e a Eng. Civ. Shoshana Signer, fundadora da Editora Oficina de Textos, especializada na publicação de livros técnicos e científicos.

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A Engenharia nossa de cada dia e o futuro da profissão foram o centro da atenção. Ambas profissionais atuam em organismos internacionais e trouxeram para o debate seus principais projetos, sua atuação nesses organismos e os impactos dessas ações para políticas mundiais, além dos desafios enfrentados durante suas trajetórias, até mesmo aos vários comentários de que a Engenharia não é profissão para mulher.

Também presente a Eng. Civ. Flávia Roxin, presidente e fundadora da Associação Feminina de Engenharia, Agronomia e Geociências de Minas Gerais (AFEAG-MG).



Antes de iniciar a participação das convidadas, foi apresentado um vídeo da Acciona, multinacional espanhola responsável pela construção da Linha 6 em São Paulo e cujo objetivo é o desenvolvimento sustentável. Além disso, a empresa fomentou a contratação de mulheres para suas obras, buscando igualdade no espaço de trabalho.

A Eng. Nanci Walter, presidente do CREA-RS, que falou de Roraima, onde estava participando do Colégio de Presidente, não escondeu o seu orgulho por possibilitar que experiências tão importantes sejam multiplicadas. “Sou a primeira mulher a presidir o CREA-RS em 87 anos e não quero ficar para a história, mas ser alguém que abriu o caminho para que outras venham em seguida”, ressaltou, destacando que o CREA-RS estava fechando o mês com chave de ouro.



A Oficina de Textos foi fundada em 1996 por Shoshana Signer, engenheira civil e mestre em Geotecnia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Por 32 anos Shoshana trabalhou em grandes obras hidroelétricas e em projetos de desenvolvimento e planejamento ambiental, o que lhe confere conhecimento para propor livros necessários à comunidade e convidar autores a compartilhar sua importante experiência acadêmica e profissional. A essa atividade ela se dedica hoje integralmente.

A Eng. Shoshana Signer chegou jovem ao Brasil, vindo de Israel. “Eu só vim para o Brasil com o inglês como língua. Vi que no colegial clássico havia aula de francês, história e todas essas matérias que dependem muito do português. Então escolhi o colegial científico pois a matemática é uma linguagem universal. Depois, acabei indo para a Engenharia e esse foi meu primeiro desafio”, comentou a engenheira, entre risos.

“Antes de ser uma excelente profissão, Engenharia é uma excelente formação. A pessoa que possui uma boa formação em Engenharia pode encarar a vida em qualquer campo porque ela fica qualificada a equacionar e resolver problemas. Eu, por exemplo, gerencio uma editora de livros e entrei no mundo editorial sem saber nada. Façam engenharia”, afirmou Shoshana. Mantendo a coerência com os temas abordados nos livros publicados, a Eng. Shoshan investiu na instalação de painéis solares em sua empresa. Foram instaladas oito placas fotovoltaicas, com espaço para duplicação. A reforma também instalou sistema de captação de água da chuva e duplicou o número de janelas do imóvel para aproveitar ao máximo a luz e a ventilação naturais.

Especialista em construção sustentável, a Eng. Lourdes Printes é pioneira nas mais importantes certificações ambientais no Brasil. Autora do projeto e responsável pela execução do Sky Club, complexo de lazer localizado junto do Sky Palace Hotel em Gramado, primeiro hotel no mundo com construção sustentável. Com quatro irmãos, a futura engenheira recebia um tratamento diferente da família. “Era sempre aquela coisa, ganhava boneca, panelinha e eu achava aquilo muito chato. Eu queria mesmo era brincar com meus irmãos e com os brinquedos de construtor deles. Depois, me aproximei do meu tio que era engenheiro e eu gostava de Matemática, Física. Isso foi formando a ideia. Quando meu irmão entrou em Engenharia eu vi que era aquilo que eu queria fazer”, revelou a Engenheira Civil.

A diretora da BraCham continuou ainda sua fala. “Eu sempre disse que gostava de lixo. Eu me interesso por todo e qualquer tipo de resíduo e reciclagem. Acabei, depois, me aproximando da Unido, um departamento das Nações Unidas que mexe com o desenvolvimento industrial sustentável. Através da Unido conheci muitas pessoas e foi assim que cheguei, posteriormente, na China”, contou Lourdes.

Desenvolvimento sustentável, tratados internacionais, lide e certificado HBC (Health Building Certification) foram debatidos entre as participantes, além de troca de experiências.

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