A Eng. Amb. Nanci Walter, presidente do CREA-RS, na abertura do evento. Créditos: Arquivo CREA-RS

sexta, 29 de julho de 2022

Com o tema central “Desenvolvimento Nacional com Implementação de Políticas Públicas para a Engenharia, Agronomia e Geociências”, ocorreu, nesta sexta-feira (29), no Teatro da Unisinos, a 15ª edição do Congresso Estadual de Profissionais. O Congresso Distrital, com reuniões preparatórias subdivididas em seis microrregionais, antecedeu esta etapa estadual. Ao longo do dia, além da aprovação das propostas ocorrerá a eleição dos delegados nacionais que representarão os profissionais gaúchos no 11º Congresso Nacional de Profissionais, em Goiânia.

Na mesa de abertura, a Eng. Amb. Nanci Walter, presidente do CREA-RS; o gerente de Relações Institucionais do Confea e coordenador do grupo técnico de trabalho para apoio à Comissão Organizadora do 11º Congresso Nacional de Profissionais, Eng. Amb. Renato Muzzolon, neste ato em representação ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia; o diretor-geral da Mútua-RS - Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA, Geólogo e Eng. Seg. Trab. Pablo Souto Palma; o Geól. Marco Antonio Fontoura Hansen, coordenador da Comissão Organizadora do 15º Congresso Estadual de Profissionais do Rio Grande do Sul, juntamente com os demais integrantes desta Comissão; a Engenheira Eletricista Nilza Luiza Venturini Zampieri, 2ª vice-presidente, representando a diretoria; a Engenheira Civil Cláudia Diehl, representante das entidades de classe; Engenheiro Civil Leo Azeredo, coordenador estadual do Colégio de Entidades Regionais do Rio Grande do Sul; e o Eng. Civ. Milton Roberto Pedrollo Bittencourt, coordenador-adjunto das Inspetorias.

Na abertura, a Eng. Ambiental Nanci Walter agradeceu a todos os envolvidos. “É um momento bem importante para a gente discutir o Sistema. Somos críticos do Sistema, por isto sabemos onde é preciso realizar as melhorias. O futuro é hoje. E o negócio dos nossos Creas continua o mesmo. A fiscalização sobre o exercício ilegal das profissões. Mas existem muitos pontos a serem melhorados. A Fiscalização, por exemplo, precisa ser mais educativa. Este é o momento para virar a página. Vamos fazer o nosso tema de casa durante este dia para que o Eng. Muzzolon possa levar esta experiência em outros Estados”, destacou. Lembrou ainda da aprovação pelo Plenário do Confea a realização da Soea de 2023 em Gramado. “Na oportunidade, vamos fazer algo especial pelos 30 anos do CNP”, afirmou.

Novas perspectivas para a engenharia

Manhã de ensinar a aprender a Engenharia. Melhorar a forma que os alunos aprendem e de maior conexão entre as escolas de Engenharia. O painel Novas Perspectivas para Engenharia reuniu palestrantes que focaram na necessária modernização da Engenharia, acompanhando os novos tempos e a realidade do mundo atual.

O aprendizado ativo foi abordado pela Prof. Mary Besterfield-Sacre, reitora-adjunta de assuntos acadêmicos e diretora do Centro de Pesquisa e Educação em Engineering Education Research Center da Universidade de Pittsburgh, EUA. Trouxe dados de como o Ensino da Engenharia mudou nos Estados Unidos após a criação da ABET (Accreditation Board of Engineering and Technology), uma instituição reconhecida internacionalmente e que assegura que os cursos acreditados atendem aos 11 conjuntos de habilidades que deveriam ser obtidas em todas as universidades. Além disso, trouxe o conceito do aprendizado ativo, que aumenta o desempenho e garante a atenção do aluno.   

A Prof. Carla Schwengber ten Caten, vice-diretora da Escola de Engenharia e diretora da Incubadora Tecnológica Hestia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de apresentar a UFRGS, que é maior Federal do Brasil e a 9ª na América Latina.

Trouxe a abordagem do Ecossistema de inovação acadêmico e também como a UFRGS trabalha com três eixos, competência, habilidade e atitude. “As universidades têm papel importante para trazer inovação. A pesquisa gera conhecimento e invenção, que deve agregar valor para a sociedade”.

Falou ainda sobre as inovações disruptivas, mas que precisam ser protegidas por patentes e que muitas vezes nem chegam ao mercado.

Última a se apresentar, a Prof. Tatiana Louise Avila de Campos Rocha, gerente acadêmica da Unidade de Graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), trouxe um pouco da realidade de uma universidade privada e da gestão de aprendizagem. “A Escola Politécnica é a maior da Unisinos, com 6 mil alunos”.

Em sua apresentação chamou para a importância da discussão da Engenharia e a falta de interesse dos alunos pelos cursos de engenharia. Mas também falou sobre a necessidade de maior diálogo com o Sistema Confea/Crea, considerando atribuições. “O nosso papel começa com uma conversa junto ao nosso Conselho na formação de recursos humanos de qualidade”, afirmou.

A programação continuou na parte da tarde com a análise das propostas que vieram dos Congressos Distritais e a eleição dos delegados para o Congresso Nacional.

Fórum Gaúcho de Modernização da Engenharia.

O secretário de Inovação da prefeitura de Porto Alegre, Eng. Civ. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da escola de engenharia da UFRGS por 8 anos, lançou um desafio que foi prontamente acolhido pela gestão do CREA-RS.

O Conselho gaúcho e o executivo municipal celebraram, simbolicamente, durante a abertura do 15º CEP, o protocolo de intenções para a criação do Fórum Gaúcho de Modernização da Engenharia.