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Encontro de Coordenadores dos Cursos de Agronomia: Histórico, perspectiva e legislação da educação na Agronomia


Créditos: Arquivo CREA-RS

Um histórico da profissão de Engenharia Agronômica foi o foco da palestra do professor da UFPEL Eng. Agrônomo Moacir Cardoso Elias, com destaque para o curso da Universidade, que é o mais antigo com atividades ininterruptas do País. “Nossa profissão iniciou vinculada ao Ministério da Agricultura, foi na década de 1960 que a Agronomia se vinculou ao Ministério da Educação”, iniciou o professor.

Ressaltou o fato de ser ela - a agronomia - uma das três ciências clássicas da humanidade, “mãe” das demais, junto à Medicina, na área da saúde; ao Direito, nas áreas sociais, humanas e normativas; e a Agro, ciência mãe das das áreas tecnológicas, agrárias e biológicas.  “Isso não nos faz melhor que as demais, mas é uma referência significativa. A cultura do solo é um dos grandes marcos da civilização, o diferencial que deu base à sociedade moderna. E nós, Engenheiros e Engenheiras Agrônomas somos parte deste processo”, destacou.

Após, seguiu com o histórico do ensino da profissão no Brasil, que teve como modelo a Faculdade de Agronomia do Rio de Janeiro, apesar de não ser ela a primeira, pois o ensino teve início com a fundação do Instituto Baiano de Pesquisa de Ciências Agrárias. “Em seguida foi criada a escola de agronomia em Pelotas, a Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, que completará 140 anos de atividades no próximo ano e que é o maior monobloco construído no Brasil para o ensino de agro.“

Voltando às questões curriculares, para o professor a qualificação é a base do profissional e as atribuições vinculadas ao aprendizado são inegociáveis. “Isso é nossa identidade, mas até chegar na atribuição tem a caminhada, a formação e o compromisso a que cada curso se propõe com sua matriz curricular”, explicou. Para ele, o projeto de cada escola deve ser operacional “não uma peça de literatura”, mas um instrumento que permita a identificação do ensino proposto para que se chegue na identidade do profissional formado naquela escola e instância, explicando, ressaltando as diferenças entre matriz – que expressa as matérias dadas – e grade curricular, que seria o ordenamento das disciplinas.

Falou também sobre conteúdo e disciplinas. “Não é a disciplina e sim o conteúdo em quantas disciplinas aparecem. A mesma disciplina pode ter mais de uma matéria e a mesma matéria deve ser desdobrada em mais de uma disciplina”, exemplificou.

O palestrante discorreu, ainda, sobre o sombreamento profissional, que não vê como um necessário problema. “Se outra identidade profissional tem formação para trabalhar na mesma área, te apresenta e seja competente. Vamos trabalhar juntos”, considerou. “Este é o contexto e a essencial de todas as mudanças que tivemos e vamos ter, mas sempre tendo em mente a identidade da nossa profissão”, destacou, lembrado que foram quase 50 anos sem a regulamentação profissional (entre 1883 e 1933). “Por isso temos que respeitar isto”, concluiu.

Aspetos legais / legislação

Eng. Agronômo Márco Schneider 


Os aspetos legais e a legislação  da profissão foram abordados pelo Eng. Márcio Schneider, analista de Processos da Câmara Especializada de Agronomia do CREA/RS, que focou sua fala nos dispositivos que regem as atribuições que são concedidas aos profissionais da área, as quais destacou serem bem amplas.

“As Lei Federal 5.194/66 e a Resolução 218, do Confea dizem quem é o Engenheiro Agronomo e o que ele pode fazer. Nossas atribuições são bem amplas, mas sempre faço a ressalva que, poder atuar eu posso, mas tenho que ter currículo para desempenhar todas as atividades que a lei me permite”, destacou.

Ressalvou, também, as resoluções do MEC, sobre o currículo escolar da profissão que, contemplou o arcabouço legal anterior. “Mas isso são as diretrizes. Isso é Agronomia, isso é formação plena, então as escolas têm que abranger todos os conteúdos previstos de algumas maneiras. Não podemos fugir disso, senão a profissão não está totalmente contemplada e o CREA-RS fica com um problema.”

Coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional – CEAP, que tem por finalidade promover a interface entre o sistema de fiscalização profissional e o sistema educacional, o Eng. Agr. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi, apresentou aos coordenadores de curso da Agronomia alguma das ações da Comissão, entre outras iniciativas do Confea nas questões de ensino.
Iniciou destacando ser o encontro “um momento histórico” e que “seja vital para o futuro da nossa profissão e das demais”, lembrando que os debates realizados em Porto Alegre, serão levado ao Encontro Nacional dos Coordenadores de Agronomia, que ocorrerá este ano em Pelotas, sediado pela UFPel.
 Depois falou um pouco sobre o cargo foco do encontro: coordenadores de curso. “É um dos cargos mais importante de uma universidade pela sua complexidade, principalmente num curso como o de Agronomia. Na Universidade do Paraná, por exemplo, dos 22 departamentos, em oito temos disciplinas”, destacou. Para ele, algumas dúvidas são afins de todos os coordenadores: como organizar o curso, atendendo à legislação profissional e atraindo os melhores vocacionados. “Pois vamos diplomar pessoas que irão ser demandadas a ocupar

Confea

Eng. Agr. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi

 

Coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional – CEAP, que tem por finalidade promover a interface entre o sistema de fiscalização profissional e o sistema educacional, o Eng. Agr. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi, apresentou aos coordenadores de curso da Agronomia alguma das ações da Comissão, entre outras iniciativas do Confea nas questões de ensino.
Iniciou destacando ser o encontro “um momento histórico” e que “seja vital para o futuro da nossa profissão e das demais”, lembrando que os debates realizados em Porto Alegre, serão levado ao Encontro Nacional dos Coordenadores de Agronomia, que ocorrerá este ano em Pelotas, sediado pela UFPel.

Depois falou um pouco sobre o cargo foco do encontro: coordenadores de curso. “É um dos cargos mais importante de uma universidade pela sua complexidade, principalmente num curso como o de Agronomia. Na Universidade do Paraná, por exemplo, dos 22 departamentos, em oito temos disciplinas”, destacou. Para ele, algumas dúvidas são afins de todos os coordenadores: como organizar o curso, atendendo à legislação profissional e atraindo os melhores vocacionados. “Pois vamos diplomar pessoas que irão ser demandadas a ocupar

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