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Especialistas apresentam a evolução na educação de formação das profissões
Palestrantes durante palestra do Contecc. Créditos: Arquivo Confea
Com lotação máxima, os especialistas eng. agr. Paulo Roberto da Silva, professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) aposentado e ex-diretor de Avaliação da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), e o eng. agr. Thiago Magalhães de Lázari, coordenador Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), reuniram, no dia 4 de outubro, quase 100 participantes que prestigiaram a palestra que tinha como tema “Evolução na educação de formação das profissões do Sistema Confea/ Crea: visão do MEC, da sociedade e do conselho profissional”. A mediadora foi a conselheira federal eng. de pesca Alzira Miranda.
Paulo Roberto discorreu sobre a evolução da educação e a formação profissional, nos últimos 50 anos de aproximação dos três setores: o Ministério da Educação, a sociedade e o Conselho Profissional. “O MEC é o responsável pela formação, a sociedade pelas demandas do Sistema, e o profissional pela concessão das atribuições profissionais. E sempre tivemos resistência, principalmente do Ministério da Educação, que nunca quis se aprofundar nessa questão da educação profissional de nível superior”. Entre os exemplos da evolução da educação e a formação profissional, foi citado o Programa Inova Engenharia, lançado em 2006 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que tem como objetivo reformular e modernizar os cursos de Engenharia. “É primordial formar engenheiros que supram as habilidades que o mercado exige, focado nas necessidades das empresas e no desenvolvimento econômico do país”.
Ainda sobre a evolução da educação e a formação profissional, o modelo pedagógico é centrado no aluno, com aprendizado baseado em projetos socialmente relevantes, com competências e valorização do empreendedorismo, dinamização da docência, e foco em competências. “O protocolo de cooperação entre MEC e Confea, de 03/12/ 2007, propôs ações como criação de comissão tripartite Confea/MEC/ Entidades de Classe para regulamentação de títulos profissionais do MEC e cursos de especialização para reconhecimento e registro no sistema profissional. “Nunca houve, em quase 50 anos, tantas convergências de ideais para a tão desejada e necessária cooperação multi-institucional nos campos da formação e do exercício profissional”.
Em continuidade, o eng. agr. Thiago Lázari fez um retrospecto do Sistema Confea/Crea e ratificou que a primeira profissão habilitada do Sistema foi a profissão de engenheiro agrônomo, pelo Decreto nº 23.196/1933, no Governo Getúlio Vargas, concedendo amplas atribuições aos profissionais, como a organização, direção e execução dos serviços técnicos oficiais, federais, estaduais e municipais, concernentes às matérias e atividades na agricultura. Lázari pontuou ainda as competências dos conselhos profissionais e Ministério da Educação no exercício da profissão. “Independente das funções do MEC/CEE e conselhos profissionais, o objetivo das ações é uma só: garantir a sociedade civil organizada a prestação de serviços de Engenharia, Agronomia e Geociências por profissionais habilitados, competentes e habilidosos, assegurando a qualidade da mão de obra e a segurança na prestação de serviços técnicos”.
Sobre a troca de conhecimentos entre MEC, sociedade e conselhos de classe, Lázari afirma que ainda há um abismo muito grande sobre a presença de cada um dentro do Sistema. “Precisamos cada vez mais estar em uma simbiose entre instituição de ensino, conselho e entidades de classes porque eu não tenho dúvida de que nós temos o entendimento técnico a respeito das competências e habilidades, dispositivos legais em relação à profissão, eu diria até maior que os avaliadores do MEC. Eu, como professor, gostaria de ter a oportunidade de discutir dentro das instituições de ensino a profissão de Agronomia. Nós queremos compor câmaras técnicas, as comissões, grupos de trabalho, porque o MEC está dentro do Confea discutindo tudo que é pertinente a nossa profissão, mas o contrário não acontece. Precisamos ser proativos”.
Reportagem: Marice Rocha (Crea-AM)
Edição: Fernanda Pimentel (Confea) Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 77ª Soea
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