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Profissionais debatem segurança do trabalho em cestas aéreas


Profissionais debatem segurança do trabalho em cestas aéreas. Créditos: Arquivo Stúdio Feijão & Lentilha

Chamar a atenção para a importância da prevenção de acidentes, prezando pela segurança e saúde do trabalhador ao se utilizar de cestas aéreas, e apontar o papel dos profissionais das Engenharias no alcance destes objetivos foi a pauta da palestra sobre o Anexo XII da Norma Regulamentadora 12 (NR12), que regulamenta a utilização dos equipamentos. Realizada no Auditório Fandango durante a 78ª Soea, na tarde desta quarta (9/8), a palestra teve à frente profissionais com amplo conhecimento teórico e experiência prática no assunto.

O engenheiro mecânico Nei de Beserra (Crea-RJ) abriu o evento com a apresentação Carro e Bonde Elétrico, Maracangalha e Cestas Aéreas – Emissão Acústica, que abordou os aspectos históricos e características das cestas aéreas. O profissional, que trabalhou na empresa de energia Light, foi componente de uma das equipes pioneiras na utilização dos itens no país.  “O Brasil já usava carros elétricos há mais de 100 anos. A Light utilizava esse transporte e, na década de 1950, cestas aéreas para podas eram chamadas de Maracangalha”, lembrou Nei.

O profissional afirmou ainda que, em 1994, um novo método de inspeção em carros de cesta aérea passou a ser utilizado: a emissão acústica. “Foi um sucesso e um novo paradigma pois, a partir dali, a gente não precisava mais montar e desmontar as cestas para inspecionar, podendo realizar manutenções preventivas para detectar problemas como fadiga do material”, ponderou Nei. Em 2011, Anexo XII da NR 12, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, trouxe exigências detalhadas para o uso dos equipamentos. 
 

Nei de Beserra
Engenheiro mecânico Nei de Beserra


Após a apresentação dos aspectos históricos e características das cestas aéreas, o conselheiro regional do Crea-RJ, eng. mec. Jaques Sherique, apresentou as diretrizes de como realizar a avaliação de risco desses equipamentos, com a construção do laudo de riscos. “Além do aspecto humano que envolve acidentes de trabalho, estes custam, por ano, no Brasil, em torno de R$ 100 bilhões. A maioria destes acidentes acontece em máquinas e pode ser evitada com o envolvimento do profissional de segurança do trabalho”, pontuou Sherique. 

Engenheiro Jaques Sherique



O conselheiro apontou ainda as medidas necessárias para a implantação da NR-12, que envolvem a realização de auditoria e inventário das máquinas e equipamentos, seguidos do check-list de avaliação global, da ficha de avaliação individual, da análise de risco e, por fim, da elaboração do plano de ação. O conselheiro encerrou a palestra mostrando acidentes com cestas aéreas e suas causas. 

Após a apresentação das palestras, a plateia pôde fazer perguntas, com a moderação do presidente do Crea -RJ, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Luiz Antonio Cosenza, e do conselheiro titular da Sobes – Rio, engenheiro de segurança do trabalho Luiz Alexandre Mosca.


Érica Reis Jeffery (Crea-GO)
Edição: Henrique Nunes (Confea)

 

 

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