Notícia

CREA-RS abre setembro com palestras técnicas na Expointer


Manejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados foi o tema da primeira palestra. Créditos: Arquivo CREA-RS

Na manhã desta sexta (1), três palestras técnicas abordaram temas voltados para as atividades do Engenheiro Agrônomo. Na abertura, o presidente em exercício, Eng. Civ. João Luis Collares Machado, falou sobre a importância dos temas e da responsabilidade técnica do Engenheiro Agrônomo. Também presente o coordenador da Câmara de Agronomia, Eng. Agr. Matheus Stapassoli Piato.

Manejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados foi o tema abordado pelo Engenheiro Agrônomo Hilário Thevenet Filho, conselheiro da Câmara de Agronomia do CREA-RS, trazendo os desafios e as estratégias no setor. Iniciou citando o conceito de D’Olho na Profilaxia: limpeza, identificação de insetos, tratamentos preventivos, tratamentos curativos e uso seguro de agrotóxicos.

Eng. Hilário Thevenet Filho

Lembrou ainda que é muito pequeno o número de profissionais especialistas em manejo de pragas, o que prejudica a eficiência destes empreendimentos. “Temos que evoluir muito no Estado com relação à limpeza de armazenadoras, diferentemente de outros estados”, destacou o Eng. Hilário, mostrando imagens nas quais demonstra a importância de se observar os objetos estranhos ao ambiente das armazenadoras e a organização.

De acordo com ele, o armazenamento de grãos desempenha um papel crítico na cadeia de suprimentos de alimentos, porque poder evitar perdas significativas devido a fatores como deteriorizaçã e infestação por pragas.

Para o Eng. Hilário, a vassoura e a água são os inseticidas mais baratos que existem, para evitar milhos esparramados. “Além de atrair roedores, é um ambiente insalubre até mesmo para os funcionários”, alertou.

Transitou pelos nomes de pragas como Rhyzopertha Domica, muito voraz, com ciclo de vida de 30 dias. “É fundamental o conhecimento sobre resistência de pragas a inseticidas”, alertou, afirmando que se uma propriedade não limpa, acaba migrando para as propriedades vizinhas.

"Insetos, roedores e fungos são ameaças constrantes aos grãos armazenados. Enfrentar estes desafios podemos garantir grãos com qualidade", defendeu.

No final, o conselheiro respondeu às questões do público.

Logo em seguida, o Eng. Agr. Derli João Siqueira da Silva, professor da Urcamp, também conselheiro da Agronomia do CREA-RS, falou sobre Manejo de Vacas de Cria, destacando que para ter eficiência na produção é importante que as vacas de cria dentro do ano devem estar prenhas e criando.

Com várias ilustrações, o conselheiro Derli percorreu os conceitos sobre de onde vêm os terneiros. “A produção mais nobre que temos”, destacou.

Eng. Agr. Derli João Siqueira da Silva, professor da Urcamp

Afirmou que o organismo humano necessita apenas de carne, nem precisava de arroz e feijão. “Para haver eficiência na produção é importante que vacas de cria dentro do ano devem estar prenhas e criando. Neste momento precisamos de profissional, de eficiência e rentabilidade. Vacas vazias são parreiral sem uvas ou trigal sem grãos”, apontou, ressaltando a importância do diagnóstico de gestão como ferramenta indireta para maior fertilidade das vacas.

Apresentou dados comparativos sobre a natalidade dos terneiros e a produtividade da cultura da soja, citando as diferenças entre o agricultor e o pecuarista.

Depois apontou soluções para a alimentação animal e estratégias, como forrageiras exóticas, de clima frio como obrigação. No caso do clima quente, é melhor usar forragens conservadas, feno, mas com o cuidado com a digestibilidade, e a silagem.

Abordou ainda as rações, observando os concentrados e os subprodutos, definição racial e acasalamento natural e artificial.

Uma verdadeira aula que trouxe várias perguntas no final da palestra.

Por fim, o Engenheiro Civil Luiz Carlos Zancanella falou sobre o Mercado de Créditos de Carbono - Necessidades e Resultados. Atualmente ele é  diretor-presidente da Safeweb, Autoridade Certificadora ICP-Brasil. Falou sobre a necessidade de se  investir na compensação de carbono, que funciona em colaboração mundial num comércio entre empresas de diferentes países. Explicou, ainda, como funcionam as etapas da chamada “Esteira de Compensação”. que inicia no projeto ambiental da propriedade ou empresa até o compensação do CO2, pela venda e compra de crédito.

 

Outras Notícias

COLUNA SEMANAL

A Coluna Semanal é o newsletter encaminhado todas as sextas-feiras aos profissionais, empresários, estudantes e interessados nos temas da área tecnológica. Colunas Anteriores

FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS NOVIDADES AGORA MESMO: