Reunião ocorreu durante a 70ª SOEA . Créditos: Larry Silva

terça, 17 de setembro de 2013

Com a presença de representantes das 14 associações regionais a ela filiadas e de seu Presidente Eng. Minas Marco Freire, a FAEMI - Federação das Associações de Engenheiros de Minas do Brasil - realizou extensa reunião ordinária durante a última Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA) para, entre outros temas, diagnosticar a fiscalização da profissão pelos Creas. Das conclusões do encontro, a FAEMI decidiu dar início ao processo de desmembramento da profissão da "Modalidade de Geologia e Minas" junto ao Sistema Confea/Crea e também recomendar às filiadas com representantes nos Creas, que migrem para Câmaras Especializadas com predominância de "engenheiros". 
De acordo com o Cons. Eng. Minas Regis Wellausen Dias - diretor da FAEMI e um dos representantes gaúchos na reunião - entre as razões para que a decisão está o fato da categoria não ter sido ouvida quando lhe foi designada uma modalidade com predominância de "não-engenheiros" e que tem por maioria geólogos. “Em decorrência, abandonando o estado de direito que deve prevalecer nas decisões democráticas, esta maioria passou a aprovar sistemáticos artifícios permitindo a direção de atividades de atribuições exclusiva do engenheiro de minas por profissionais sem base legal nem formação acadêmica para tal. É o caso, por exemplo, da proposta de reformulação da Norma de Fiscalização 03/2009 que tramita na Câmara do CREA-RS que, se aprovada, permitirá a responsabilidade técnica de geólogos e técnicos em mineração, pela lavra de qualquer minério no estado, inclusive o carvão mineral. Somando-se a isto o abandono do pacto de revezamento da coordenação das câmaras especializadas, a facilitação do julgamento de engenheiros de minas por técnicos de grau médio e o desinteresse desta mesma maioria por questões nacionais de interesse comum em prol da mineração brasileira, ficou evidente que a experiência da preponderância de não-engenheiros sobre engenheiros havia fracassado e só a engenharia prosseguiria perdendo neste processo. Entretanto, é importante salientar que a decisão da FAEMI não tem nenhuma intenção de desabonar ou desvalorizar estas profissões fundamentais para a indústria mineral - todas incentivadas e derivadas da própria engenharia de minas durante os últimos 100 anos e que convivem em perfeita harmonia técnica - mas sim evitar que a forçada distribuição interiorizada dos atuais 3.500 profissionais registrados possa ser confundida com profissão rarefeita, descaso por seus direitos ou desleixo com as responsabilidades que juraram perante a sociedade”, destacou. Fonte: Faemi