Engenheiro Eletricista Paulo Rufino Henrique. Créditos: Arquivo CREA-RS

segunda, 20 de novembro de 2023

Um cientista dedicado aos estudos de novas tecnologias em benefício da sociedade. Este é o Engenheiro Eletricista Paulo Rufino Henrique, brasileiro, negro, um dos pioneiros da pesquisa sobre a tecnologia 6G na Dinamarca. Em uma conversa virtual transmitida pelo canal do CREA-RS no YouTube, ele compartilhou com a 1ª Diretora Administrativa, Engenheira Química e de Segurança do Trabalho Roselaine Mignoni, como foi a sua decisão pela engenharia elétrica, as perspectivas para o futuro da tecnologia e os desafios da inclusão digital.

Rufino explicou que o intervalo entre as pesquisas sobre as redes é de dez anos, aproximadamente. Nesse momento, por exemplo, enquanto estamos em fase de adaptação e implementação comercial do 5G, há um grupo de pesquisadores e cientistas de debruçando sobre as potencialidades do 6g. “Essa nova rede leva com consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), as necessidades de atender sociedades que estão envelhecendo mais ao mesmo tempo que reduzem a taxa de natalidade e ainda a transformação dos ambientes de trabalho – como postos de trabalho que desaparecerão em alguns anos e outros que surgirão”, destacou.

 

Assista no vídeo abaixo a transmissão completa

A live promovida pelo CREA-RS foi uma referência ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Rufino salientou como a inclusão digital é fundamental na sociedade e como, no Brasil, é um desafio garantir acesso à essa tecnologia. “Um aspecto social importante a ser considerado, por exemplo, é o custo do celular que acesse a rede 5G. Eles não são acessíveis à população de baixa renda”. Segundo ele, é necessária a diversificação de fabricantes de aparelhos móveis para que possam acessar mais pessoas. “O 5G deve promover benefícios à população de um modo geral e não só a camadas A ou B. Se for assim é uma tecnologia excludente tanto do ponto de vista social como também, no Brasil, ele tem uma intersecção com o recorte racial, que é excludente”, explicou.