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Palestras abordam atribuições e ensino dos futuros Engenheiros Agrônomos


Créditos: Arquivo CREA-RS

Com a leitura de Moção contrária aos cursos de Ensino à Distância (EAD) na Agronomia, aprovada durante XVII Encontro Estadual das Entidades de Classe, realizado em setembro, o coordenador do Câmara Especializada de Agronomia (CEAGRO) do CREA-RS, Eng. Agr. Bernardo Luiz Palma, abriu o espaço para as palestras técnicas do II Encontro de Gestores de Cursos de Agronomia, que ocorreu no dia 05 de outubro em Santa Maria. “Essas modalidades têm nos preocupado muito. Como entidade representativa da classe agronômica nos posicionamos em defesa das instituições de ensino de qualidade que adotam a metodologia da presença física, com alunos reunidos em sala de aula, assistindo e obtendo conhecimentos teóricos e acima de tudo, práticos, para serem aplicados no futuro mercado de trabalho exigente e competitivo”, afirmou.

Avaliações de cursos


O Eng. Agrônomo e professor Julio Viégas, Avaliações realizadas pelo MEC nos Cursos de Agronomia do Estado, que atua desde 2010 com avaliações institucionais e de curso no País e no Mercosul, falou sobre as avaliações feitas pelo MEC nos cursos de Agronomia do Estado. Destacou que o desafio dos avaliadores é fazer um comparativo entre os cursos. “Deve ficar claro que não visitamos às faculdades para propor mudanças ou melhorias, o que fazemos é tirar um ‘raio-x’ da instituição”, explicou.

Acesse a palestra. 

Os instrumentos que subsidiam a produção de indicadores de qualidade e os processos de avaliação de cursos desenvolvidos pelo Inep são o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e as avaliações in loco realizadas pelas comissões de especialistas (pares de avaliadores), relacionou, destacando que o objetivo final das avaliações “é buscar a melhoria constante” dos cursos que são oferecidos nas universidades e faculdades do País. “Atrás do resultado do ENAD, por exemplo, estão informações valiosas para a auto avaliação do curso, que é fundamental que seja feita.”

Destacou, ainda, as legislações que regem os credenciamentos e recredenciamentos dos cursos de ensino superior. E resumiu em um tripé, os quesitos que considera os mais importantes como indicadores de qualidade para as avaliações: o Enade, o a avaliação inloco, e a auto avaliação (Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI), que deve ser um documento consistente e que considera essencial às melhorias dos cursos. 

“O processo permanente de melhoria do ensino superior passa, inevitavelmente, pelo autoconhecimento, propiciado pela avaliação constante de cursos e instituições, avaliação esta conduzida tanto com um olhar externo quanto por um olhar interno de toda a comunidade acadêmica e da sociedade na qual a IES está inserida”, destacou. 

Também abordou o Conceito do Curso (CC), resultado final da avaliação que vai de 01 a 05, calculado pelo sistema e-MEC, com base na média aritmética ponderada dos conceitos das dimensões. São elas: organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial e infraestrutura. 

Encerrou com apresentação de um retrato do número dos cursos de Agronomia no País, entre públicos e privados, e também relativos apenas ao Estado, inclusive dos de Educação à Distância, no que destacou um curso que oferece 500 vagas. “Isto me preocupa, tenho pena do coordenador desse curso”, relatou, dizendo que “vê com menos restrição um curso de Engenharia Agronômica noturno do que EAD”.

Atribuição Profissional 

Conselheiro do CREA-RS, onde representa o curso de Agronomia da Unicruz, do qual é coordenador, o Eng. Agr. José Luiz Tragnago, falou sobre questões atinentes às atribuições dos profissionais da área frente aos currículos dos cursos, destacando a preocupação em se manter uma formação qualificada. Também falou sobre os sombreamentos que os futuros agrônomos enfrentarão, dizendo ser este mais um tema no qual a Câmara de Agronomia do Conselho se debruça.

Destacou que, conforme Resolução do Confea, nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem conforme as características do seu currículo escolar. “Não temos como dar atribuição pelo que o estudante não fez na faculdade”, destacou. 

Acesse a palestra.

Para ele é importante haver uma unidade nos currículos, porém respeitando as diferenças regionais. “Normalmente temos 80% uniforme e cerca de 20% de enfoque nas questões regionalistas necessárias ao desenvolvimento agronômico de cada região do Brasil”, explicou. 

Abordou, ainda, mais dois temas, que foram o registro de profissionais estrangeiros e o EAD, para o qual defende que seja feita uma análise não superficial sobre as grades curriculares com a devida comparação da matriz curricular. “Isto não pode ser feito de maneira superficial, pois senão ficaremos expostos a enormes distorções.” Ressaltou que, quando entendido necessário, a Câmara tem negado alguns registros e solicitando ao MEC para que explique o porquê da validação da Universidade. 

Sobre o Ensino à Distância foi bastante crítico. “Não é concebível formamos engenheiros agrônomos por ensino à distância, pois precisamos laboratórios, interação, aulas práticas, inviabilizadas nesse modelo”, destacou. Considera que as aceitações do mercado dos formados pela modalidade à distância têm sido muito baixas. “Temos que sair daqui unidos contra os cursos de EAD para a Engenharia Agronômica”, conclamou. E, finalizando, afirmou que como “representantes da classe, é preciso trabalhar para que se formem profissionais com toda a formação que exige a grade curricular.  

 

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