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Em defesa do projeto e do bom orçamento


Participantes da reunião debatem a participação do Sistema no Sinapi e no Sicro. Créditos: Arquivo Confea

Criado por meio da Decisão Plenária  0829/2018 e alterado pela  PL-1194/2018, em decorrência do falecimento do conselheiro federal José Chacon de Assis, o Grupo de Trabalho que pretende analisar as Tabelas do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), gerido pela Caixa Econômica Federal e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e do Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), recebeu, no dia 04 de fevereiro, representantes dos dois órgãos, que apresentaram e discutiram as ferramentas.

Com milhares de profissionais da Engenharia em seus quadros, Caixa Econômica e Dnit revelaram detalhes sobre a atualização mais recente das ferramentas

Coordenado pelo eng. prod. Mec. Zerrison de Oliveira Neto e formado ainda pelo conselheiro eng. civ. André Luiz Schuring (coordenador adjunto); pelo ex-Secretário Executivo do TCU eng. civ. André Luís Mendes; pelo fundador e presidente do Instituto Brasileiro de engenharia de Custos (IBEC), eng. civ. Paulo Roberto Vilela Dias e pelo engenheiro civil José Luiz Parzianelllo, o GT debateu com os responsáveis pela gestão das tabelas aspectos relacionados às regras e aos critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços e engenharia,  contratados e executados com recursos do orçamento da União, para obtenção de referência de custo, e  parâmetros para a elaboração de projetos rodoviários e licitação de obras e serviços de engenharia contratados pela União.

O chefe de gabinete do Confea, eng. agr. Luiz Antonio Rossafa, considera que uma das funções do GT é incentivar a participação dos profissionais do Sistema para que eles contribuam para a valorização dos projetos. “O Brasil não chegou onde chegou sem projetos. Temos que ir além da visão cartorial. Hoje o dinheiro muitas vezes fica disponível, e a obra não é feita pela ausência do engenheiro para planejar, estudar e executar. Vivemos um momento muito delicado no país, fragilizando o conjunto dos interessas da sociedade. A tragédia em Brumadinho está nos ensejando a algumas medidas. A CGU, que nos fiscaliza do ponto de vista institucional, nos solicitou um inventário de todas as barragens de rejeitos do país, com seus respectivos profissionais. Ela também está nos orientando com base nos procedimentos internos adotados nos casos anteriores. Estamos avançando e o diálogo aqui talvez seja o início para transcender o nosso papel”.

“Entre outros casos, temos que identificar um canal de comunicação com os gestores quando e se o profissional identificar inconsistências nos sistemas”, afirmou o ex-auditor do TCU, André Luís Mendes, considerando que as informações de que o Sinap e o Sicro estavam sendo “remodelados” motivaram o convite para que o Sistema Confea/Crea fosse apresentado aos procedimentos e metodologias adotados pelos sistemas.

“Nossa função original não seria essa, mas os nossos profissionais nos cobram para intermediar o diálogo para saber o que Sinapi e o Sicro fazem por nós”, comentou o conselheiro federal André Schuring. “O GT quer oportunizar à Caixa e ao Dnit o que nós podemos falar para os profissionais para que a gente derrube essa culpabilização que tem em torno dos Sicro e do Sinapi”, definiu.

Dados técnicos
Reunião integra Grupo de Trabalho que analisa os sistemas

Apresentadas pelo gerente executivo do Sinapi, arquiteto Mauro de Castro, e pelo coordenador geral de custos de infraestrutura do Dnit, eng. civ. Paulo Moreira Neto, as duas ferramentas foram associadas por este, respectivamente, aos ambientes urbano e rural. A Caixa ainda participou da reunião por meio dos coordenadores de projetos eng. mec Marcelo Ferreira e eng. civ. Arnaldo Lopes e da arquiteta Sandrine Bartollo. A instituição possui cerca de 2500 profissionais de engenharia e de arquitetura, dos quais cerca de 1000 atuam na área de governo. A reunião, concluída na manhã desta terça (6), teve a assistência do analista Frederico Ribeiro.


Com milhares de profissionais da Engenharia em seus quadros, Caixa Econômica e Dnit revelaram detalhes sobre a atualização mais recente das ferramentas
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“Quando o orçamentista vai usar o Sicro, não precisa se preocupar com mão de obra e outras referências. Temos o orgulho de dizer que somos um Manual Técnico multimodal com seis mil composições do que o engenheiro procura”, descreveu o coordenador do sistema, Paulo Moreira Neto. “O Sinapi é um normativo atualizado tecnicamente, não com base nos dados da indústria. Precisamos ainda de muita coisa, sobretudo, da contribuição de todos para o acompanhamento melhor do profissional”, considerou Mauro de Castro, destacando as “referências com custo e sem custo para facilitar o trabalho dos orçamentistas nas composições representativas” da tabela.

Equipe de Comunicação do Confea

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