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Acreditação de Cursos e Certificação Profissional na Engenharia


Coordenador-Geral de Acreditação do Inmetro, Aldoney Freire Costa,. Créditos: Arquivo Confea

A “Acreditação de Cursos e Certificação Profissional na Engenharia e os Parâmetros” para compor os acordos da International Engineering Alliance (IEA) foi tema discutido na tarde nesta quinta-feira (06) no último dia da 77ª Soea. 

O moderador da palestra foi o conselheiro federal eng. eletric. Jorge Bitencourt que fez a abertura e convidou o primeiro palestrante para abordar sobre o tema. O coordenador-Geral de Acreditação do Inmetro, Aldoney Freire Costa, destacou os componentes da infraestrutura da qualidade que são a metrologia, avaliação da conformidade, normatização, acreditação e vigilância de mercado e detalhou como a acreditação está inserida nisso. “Hoje o Inmetro não trabalha com acreditação de cursos, o foco é mostrar como funciona o controle de qualidade, os atores envolvidos, quais são as responsabilidades de cada um para tentar chegar a um caminho que atenda às necessidades do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)”.

O palestrante citou ainda sobre as possibilidades de se fazer um programa de certificação de pessoas, que poderia ter a acreditação do Inmetro. “A existência de certificadoras acreditadas pelo Inmetro abriria a possibilidade de se fazer a certificação dos diversos tipos de profissionais com competência estabelecida”, afirmou. 

Outro palestrante da tarde foi presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), eng. civ. Mário William Esper, que falou sobre a diferença entre qualificação e certificação de profissionais e sobre a proposta de certificação profissional. “O debate é muito importante pois o Brasil está sofrendo um apagão de mão de obra de pessoas qualificadas e competentes, preparadas para exercer a profissão e essa é a proposta de uma certificação profissional pra melhorar a qualidade da mão de obra no país”, ressaltou. 

Já o coordenador do Colégio de Entidades Nacionais (Cden), eng. civ. Vanderli Fava de Oliveira, fez um panorama geral da formação da Engenharia no Brasil e pontuou a necessidade da inserção do país internacionalmente no que diz respeito a acreditação de cursos e certificação profissional em acordos internacionais. “Atualmente temos apenas acordos bilaterais em que uma instituição de educação superior faz convênio com outra universidade fora do Brasil. O que nós queremos é que haja um órgão brasileiro que ao fazer convênio com outro país atenda todos aqueles que forem acreditados ou certificados com aqueles de fora que forem também acreditados e certificados que são os acordos multilaterais. O Brasil não é signatário de nenhum acordo internacional que trata de acreditação e certificação, isso significa que estamos com um atraso muito grande em relação a inserção internacional da formação e do exercício profissional da engenharia”. 

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Público assistindo ao evento


Vanderli finalizou destacando que é essencial que se tenha uma acreditadura nacional de cursos de engenharia. “Isso deve ser criado por entidades representativas das diversas áreas da engenharia e afins que irão criar uma certificadora nacional que possibilite que o Brasil seja signatário de acordos internacionais. Hoje temos mais de 40 países da América latina que são signatários e o Brasil infelizmente não é. Por isso entendemos que o Confea é privilegiado para que essas discussões sejam iniciadas e executadas”.

Reportagem: Suelen Viana (Crea-RO)
Edição: Fernanda Pimentel (Confea)
Fotos: Michel Abdallah

 

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